Pulgas

 
As pulgas dependem do hospedeiro para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida neste.
  
 
Mas para combatermos esta pequena praga doméstica, temos que entender bem como elas vivem e se reproduzem.
 

   A fêmea da pulga deposita seus ovos (brancos com 0,5 mm de comprimento) no animal e, como não se fixam, caem no ambiente onde apenas dependem da temperatura e da humidade para eclodirem em larvas, num período de até 10 dias.
Estas aprofundam-se nos carpetes, cobertores e frestas de pisos, onde se alimentam de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas. Em 5 a 11 dias formam um casulo onde ocorre a forma de pupa. Normalmente o ciclo de vida completa-se em 3 a 4 semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias. A partir do quarto dia alimentam-se do sangue do animal, sendo que cada fêmea produz , em média, 20 ovos por dia durante 21 dias.

Se não se interromper o ciclo, a infestação no animal torna-se extremamente incomoda e maléfica para a sua saúde.

As pulgas são transmissoras de parasitas aos animais e ao homem.

Quando ingeridas pelos cães e gatos no acto de se lamberem ou se mordiscarem, ou pelo homem acidentalmente, levam, para o intestino, um verme cestóide, semelhante à Ténia, "solitária" do homem. Constitui-se, portanto, numa zoonose e pode, nos animais, levar a emagrecimento, diarreia, perda de pêlos e até à morte se não tratada. O animal vai apresentar comichão na região anal, arrastando a região no chão, e ,às vezes, podem ser vistas as proglotes do verme, pequenos reservatórios de ovos, em volta do ânus ou nas fezes, semelhantes a grãos de arroz.

Os gatos, por sua vez, são vítimas de um parasita sanguíneo, chamado Hemobartonella felis, transmitido naturalmente pela picada da pulga, causando a doença denominada de Hemobartolenose. Os sintomas são perda de peso, fraqueza, depressão e falta de apetite, devido a uma anemia que se pode tornar crónica.

O importante é não desprezarmos este pequeno inimigo que, por viver há mais tempo que nós neste planeta, encontra-se muito bem adaptado ao nosso meio ambiente, acompanhando-nos sempre que puder.

Quais as medidas a tomar?
Antes de tudo, é aconselhável que os cães tomem banho periodicamente e, de preferência, com shampoos anti-pulgas. Além disso, é necessário que sejam aplicados frequentemente, produtos tópicos de combate diretamente nos pêlos dos animais, que podem ser encontrados em Pet Shops e em supermercados.

Existem sprays, gotas e inclusive remédios, tais como comprimidos e até mesmo injecções para os casos mais críticos. Cada um dos produtos determina um intervalo específico entre uma aplicação e outra.

Além de todos esses cuidados, é essencial que o ambiente onde o animal vive seja desinfetado periodicamente, com produtos específicos para eliminar as pulgas.

Ao aplicar produtos para eliminar as pulgas do ambiente, são necessários alguns cuidados, como manter os animais afastados do lugar por algumas horas, para evitar intoxicações.
Muito importante:
  • Filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser sujeitos a produtos inseticidas;
  • Consulte o veterinário antes de usar qualquer produto anti-pulgas;
  • Os banhos anti-pulgas devem ser dados com cuidado, para que o animal não lambe o produto durante o banho. A ingestão do produto pode causar intoxicação;
  • Os animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados com produtos anti-pulgas tópicos (para passar, banhar ou aspergir)
 

 
Fonte: Adaptado do site www.vira-lata.org

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